Viagens gratuitas no dia de Ação de Graças? Ransomware pirateia sistema de transportes de São Francisco

Enquanto o ransomware permanece o assunto do momento no espaço cibernético, está a transcender-se firmemente para o mundo real. Na última semana, os passageiros do sistema ferroviário de São Francisco (MUNI) experienciaram os efeitos primários do ataque ransomware devido aos sistemas pirateados pelo Mamba, tendo sido agraciados com viagens gratuitas. Embora este incidente não tenha resultado em perdas maiores ou resultados graves, a penetração de vírus virtuais na realidade está a tornar-se num assunto preocupante.

Os residentes de São Francisco foram primeiro surpreendidos ao ter uma oportunidade de viajar nas Ferrovias Municipais gratuitamente na Sexta-feira Negra. Embora as máquinas de bilhetes estivessem expostos sinais de “fora de serviço” e “viagem gratuita”, todos os 2000 sistemas interligados foram desligados exibindo “Foi Pirateado, TODA a Informação Encriptada. Contate Para Chave ([email protected])ID:681 ,Enter.” Os vigaristas exigiram 100 BTC (aproximadamente 73 000 USD) em troca da recuperação do sistema, mas não há informação se o MUNI pagou a quantia ou não. Peritos especulam que este vírus é a variação do HDDCryptor. No entanto, como já mencionámos, o HDDcryptor abrange apenas uma parte de uma campanha ransomware maior conhecida como Mamba. Os rastos levam ao grupo de ransomware Californiano autointitulado Andy Saolis. Não se sabe se o sequestro foi terminado pelos próprios hackers na tarde de Domingo ou se foi trabalho de especialistas em segurança IT.

Desta vez, utilizadores comuns poderão ter beneficiado do protesto dos ciber-criminosos contra uma certa empresa. No entanto, este ato levanta muitas questões por responder e preocupações. Se os vigaristas são capazes de aceder a sistemas vitais, o que aconteceria se paralisassem o fluxo da eletricidade numa cidade, região ou estado inteiro? Uma vez que sistemas de computador não só monitorizam operações bancárias, serviços públicos e entretenimento, mas também esferas vitais, como hospitais e transportes, novas oportunidades surgirão a cada dia para hackers aparecerem. O tipo de ataque cibernético depende altamente na consciência dos bandidos. Embora alguns programadores de ransomware não se oprimam e ataquem hospitais, resultando no cancelamento de centenas de operações médicas, outros tendem a manifestar as suas competências médicas de forma diferente. Tais casos de ativismo cibernético não deverão ser ignorados antes que ambos, mundo virtual e real, encontrem consequências monstruosas.

Sobre o autor
Julie Splinters
Julie Splinters - Especialista em remoção de malware

Julie Splinters é a Editora de Notícias do Semvirus.pt. O seu bacharelato é em Filologia Inglesa.

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